Liliane Pereira

Cuidados paliativos

O tema desta semana poderá, inicialmente, causar certo desconforto nos leitores, mas gostaria de convidá-los a transitar por essas poucas linhas livres de preconceitos e algum temor que o tema dos cuidados paliativos podem causar.

Conceito

Para a organização Mundial da Saúde (OMS), cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos espirituais (2002).

Portanto...

O objetivo primordial do cuidado paliativo é oferecer uma assistência capaz de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares. Isso significa que os cuidados paliativos são uma forma de atenção em saúde que permite aos pacientes e familiares não realizarem tratamentos fúteis.


Terminalidade?

Por muito tempo estavam no imaginário das pessoas que entrar em cuidado paliativo era entrar em condição de final de vida ou terminalidade, mas conforme nos apresenta bem o médico paliativista Giovani Ferrari, do HSFA, estar em cuidado paliativo é estar com algumas doenças que não têm prognóstico de cura, como doenças neurológicas, degenerativas que podem acometer inclusive crianças.


Escuta qualificada

Seria muito importante que ao longo da vida fôssemos capazes de ouvir o que as pessoas pensam sobre seus cuidados em saúde, o que esperam diante de uma doença que ameaça a vida. Falando nisso, você já pensou quais são os tratamentos que você não deseja se submeter? E quais situações?


O que é isso?  

Isso é a capacidade que o ser humano tem de lidar com sua própria fragilidade. Pensar sobre isso e até expressar essas situações fazem com que a pessoa encontre em si mesma a força para lidar com suas próprias limitações. Ademais, nenhum de nós somos revestidos de perfeição teremos que lidar com doença, fraquezas e sofrimentos...

Retomando o tema

Os cuidados paliativos levam os pacientes, os familiares e os profissionais de saúde a lidarem com uma condição clínica que não será modificada, não será revertida, contudo, permitirá aos envolvidos lidarem com a nova normatividade biológica presente neste momento da história, é uma oportunidade de (re)encontros consigo mesmo e com aqueles que o cerca.

E sim...

Os cuidados paliativos há de nos ensinar que não estamos em um vale tudo, que a qualidade de vida, um abraço, o conforto do lar ou até um leito de hospital pode fazer muito mais sentido do que máquinas, tecnologias de ponta, sedações de toda ordem. Temos coragem de falar desse assunto com quem amamos?


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